quarta-feira, 4 de maio de 2011

Religiosamente eu

Não há como negar, o brasileiro é um povo peculiar em todos os aspectos, inclusive no religioso.  Antes de começar a explicar porque, quero deixar claro que respeito todas as convicções religiosas, mas mantenho sempre um pé atrás em relação às igrejas, ou templos e centros. Com certeza, você já deve ter visto aquele colante de pára-brisa traseiro que diz “Deus é fiel”. Ora, quem tem que ser fiel a Deus é aquele que crê Nele, porque a fidelidade é uma demonstração de fé e não o contrário! O salmo mais conhecido e citado pelos brasileiros é o 23 que começa: “O Senhor é o meu pastor e nada me faltará”! A grande maioria que o cita não conhece nem a frase seguinte: “Em verdes prados ele me faz repousar”. Na verdade, o que o cara quer é se garantir com o “Chefão” para que nada lhe falte, incluindo o churrasquinho e a cervejinha de finais de semana com direito a pagode. Na oração do Pai Nosso o cara diz “Seja feita a sua vontade assim na Terra como no céu”! Mas se as coisas não dão certo do jeito que ele esperava, acha que está sendo injustiçado pelo Criador. Ora, se ao fazer a oração o cara “dá” uma procuração para que Deus exerça a sua vontade livremente (como se precisasse) então não tem porque achar que está sendo “perseguido”! Conheço muita gente que bate no peito se dizendo Cristão e, no entanto, tem preconceitos de raça, de cor, de sexo e até de time de futebol. Se o que Jesus mais pregou (antes de ser pregado) foi a tolerância e o perdão, como quem não tem essas características pode se intitular um seguidor de Cristo? Algumas igrejas pregam que os seus seguidores são o “povo de Deus” e os outros são apenas “criaturas”. Espera aí! Foi feito algum exame de DNA para comprovar a tal paternidade? Enfim, como prega a lei de Gerson, o brasileiro quer levar vantagem em tudo, tanto que vai ao templo na quinta, bate tambor na sexta e freqüenta a missa no domingo, que é para se garantir!

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